A reprodução assistida oferece a casais, mulheres solteiras e famílias LGBTQ+ a oportunidade de ter um filho quando a concepção natural não ocorre. Seja por leves irregularidades no ciclo ou por problemas de fertilidade mais graves, a medicina reprodutiva apresenta procedimentos personalizados com taxas de sucesso em contínuo crescimento. Este artigo explica de forma clara quais métodos estão disponíveis, quando são indicados, quais custos envolvem e quais riscos devem ser considerados.
Métodos de fertilização: comparação rápida
- ICI / IVI – Inseminação domiciliar
O sêmen é depositado próximo ao colo do útero com seringa ou copinho. Ideal para casos leves ou com sêmen de doador. Custo mínimo, máxima privacidade. - IUI – Inseminação intrauterina
Espermatozoides preparados são introduzidos diretamente no útero via cateter. Indicado para fatores masculinos moderados, problemas cervicais ou infertilidade sem causa aparente. - FIV – Fertilização in vitro
Múltiplos óvulos estimulados são fertilizados em laboratório com o sêmen. Padrão para fator tubário ou tentativas de IUI sem sucesso. - ICSI – Injeção intracitoplasmática de espermatozoide
Um único espermatozoide é injetado diretamente no óvulo. Alternativa preferencial em casos de severa infertilidade masculina ou sêmen TESE.
Um ciclo completo de FIV ou ICSI na Alemanha custa atualmente entre €4.000 e €8.000. Planos de saúde públicos cobrem – sob critérios rígidos – até 50% dos três primeiros ciclos para casais heterossexuais casados.
Quando buscar ajuda médica?
Segundo a OMS, considera-se infertilidade a ausência de gravidez após 12 meses de relações sem proteção (seis meses para mulheres acima de 35 anos). Nesses casos, recomenda-se avaliação por especialista. Causas comuns:
- distúrbios hormonais como SOP ou disfunção da tireoide
- trompas obstruídas ou ausentes (fator tubário)
- qualidade espermática reduzida
- endometriose ou adenomiose
- queda da reserva ovariana relacionada à idade
- infertilidade idiopática
- planejamento familiar sem parceiro masculino
Taxas de sucesso por idade
O Registro Alemão de FIV (D·I·R) reportou para 2023 as médias por transferência de embrião:
- 25 anos: ~46% gravidez clínica, 38% nascimento vivo
- 30 anos: ~41% gravidez clínica, 33% nascimento vivo
- 35 anos: ~32% gravidez clínica, 24% nascimento vivo
- 40 anos: ~17% gravidez clínica, 12% nascimento vivo
Após 42 anos, as chances caem ainda mais. Muitas clínicas então recomendam doação de óvulos, proibida na Alemanha mas legal em outros países.
Riscos e efeitos colaterais típicos
Um relatório da ESHRE (2023) mostra que a transferência de embrião único reduz significativamente os riscos. Ainda assim, podem ocorrer:
- Síndrome de hiperestimulação ovariana (SHO): dor abdominal, náuseas, retenção de líquidos
- Oscilações de humor: flutuações hormonais
- Gravidez múltipla: se dois embriões forem transferidos
- Sangramentos leves ou infecções após a punção ovariana
Protocolos de estimulação personalizados e transferência eletiva de embrião único minimizam esses riscos.
Outros fatores que afetam a fertilidade
- endometriose, miomas, aderências
- infecções como clamídia ou gonorreia
- estresse crônico, falta de sono ou depressão
- tabagismo, consumo de álcool, peso extremo
- infertilidade idiopática mesmo com exames normais
Reprodução assistida para casais de mulheres
Casais de mulheres geralmente usam sêmen de doador via IUI ou FIV. A parceira não gestante precisa adotar legalmente o filho. Os planos de saúde públicos ainda não cobrem esses procedimentos.
Doação de sêmen com RattleStork – alternativa flexível
RattleStork conecta futuros pais a doadores verificados. Casais e pessoas solteiras podem planejar inseminações em casa de forma rápida, segura e econômica.

Conclusão
A medicina reprodutiva moderna oferece caminhos para a paternidade em quase todas as situações. Entender causas, planejar custos realistas em reais e avaliar riscos permite escolher, em parceria com especialistas, o método ideal – seja em laboratório de alta tecnologia ou por doação privada de sêmen.