Co-parenting e coparentalidade: Abordagem moderna de família e parentalidade no Brasil

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Escrito por Zappelphilipp Marx21 de maio de 2025
Ilustração de co-parenting no Brasil

O co-parenting, também chamado de coparentalidade, tem crescido em todo o Brasil. Nesta guia você vai descobrir por que pais separados, famílias monoparentais e casais LGBTQ+ adotam esse modelo, quais benefícios ele oferece e como um plano de parentalidade compartilhada aliado a estratégias práticas pode fortalecer sua família.

O que é co-parenting / coparentalidade?

De acordo com o Código Civil Brasileiro (arts. 1.583–1.584) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a coparentalidade ocorre quando dois ou mais adultos partilham tanto a responsabilidade legal quanto o tempo de convivência com o filho, independentemente de vínculo romântico. Isso se formaliza num plano de parentalidade homologado pelo Juizado da Infância e Juventude.

Benefícios do co-parenting

No ritmo das grandes cidades brasileiras, a coparentalidade traz:

  • Flexibilidade: Alternância de períodos de guarda facilita a conciliação entre trabalho e família.
  • Alívio emocional: Dividir tarefas reduz o estresse de cada progenitor.
  • Modelos diversos: A criança aprende com múltiplos estilos de criação.
  • Segurança jurídica: Reconhecido pelo Código Civil e ECA, com respaldo dos Tribunais de Família.

Desafios e soluções

Para um co-parenting bem-sucedido, é fundamental:

  • Comunicação aberta: Reuniões semanais evitam mal-entendidos.
  • Acordos formais: Plano de parentalidade com calendário de visitas, férias e decisões médicas.
  • Adaptabilidade: Revisar o plano à medida que a criança cresce e as necessidades mudam.
  • Suporte profissional: Mediação familiar (Conselho Tutelar ou Centros de Convivência Familiar) e psicoterapia familiar em caso de conflitos persistentes.

Coparentalidade em famílias LGBTQ+

Casais LGBTQ+ no Brasil recorrem a reprodução assistida, adoção ou barriga de aluguel, seguido de co-parenting para garantir direitos iguais. Aconselha-se consulta antecipada com advogado especializado em Direito de Família e Direito LGBTQ+.

Dicas práticas para o dia a dia

  • Calendário compartilhado: Utilize Google Calendar, Cozi ou CriaConecta para coordenar consultas e atividades.
  • Reuniões regulares: Agende 30 minutos semanais para alinhar agendas.
  • Rotinas consistentes: Combine horários de dormir, estudo e uso de telas.
  • Funções claras: Divida responsabilidades de transportar, buscar na escola e projetos escolares.
  • Voz da criança: Inclua sua opinião em decisões adequadas à idade.

Gestão de conflitos

  • Mediação familiar: Procure o Conselho Tutelar ou mediadores certificados.
  • Psicoterapia familiar: Psicólogos especializados em dinâmicas parentais podem ajudar.
  • Coordenador parental: Profissional neutro que faz cumprir o plano em situações de alto conflito.

Aspectos legais no Brasil

  • Guarda: Guarda compartilhada (art. 1.583 do CC) vs. guarda unilateral.
  • Pensão alimentícia: Calculada conforme renda dos pais e necessidades do menor, segundo tabelas judiciais.
  • Decisões-chave: Educação, saúde e crenças religiosas devem constar no plano de parentalidade.
  • Plano de parentalidade: Documento com força de decisão judicial junto ao Juizado da Infância e Juventude.
  • Testamento e tutela: Definição de tutor legal em caso de falecimento de um dos pais.
Ilustração de tribunal de família no Brasil
Ilustração: Salvaguardas legais na coparentalidades

Recomendação: consulte advogado especialista em Direito de Família e ECA.

Como encontrar o co-pai ou co-mãe ideal

  • Plataformas nacionais:CoparentalidadeBrasil.com.br, FamiliaCompartilhada.org.br.
  • Grupos locais: Participe de comunidades no Facebook e WhatsApp dedicadas à coparentalidade.
  • Referências profissionais: Peça indicações a psicólogos, professores ou advogados de família.

Leituras e estudos recomendados

Conclusão

O co-parenting e a coparentalidade formam no Brasil um ambiente familiar resiliente e colaborativo, sempre colocando o melhor interesse da criança em primeiro lugar. Com acordos claros, comunicação constante e suporte jurídico adequado, você garantirá um futuro estável para sua família.

Perguntas Frequentes (FAQ)

Coparentalidade, ou co-parenting, é o acordo em que ambos pais partilham responsabilidades legais e tempo de guarda do filho.

Ideal para pais separados, famílias monoparentais e casais LGBTQ+ que desejam criar em conjunto de forma flexível.

Facilita a conciliação, reduz o estresse, oferece múltiplos modelos de referência e possui respaldo legal no Código Civil e ECA.

Use calendários compartilhados, reuniões semanais e apps de gestão familiar para coordenar escola, médico e lazer.

O pai que se mudar deve notificar o outro por escrito e, se necessário, solicitar ao Juizado da Infância e Juventude a revisão do plano.

Segue critérios do tribunal, considerando rendimentos dos pais e necessidades do menor.

Profissional neutro que zela pelo cumprimento do plano e auxilia na resolução de conflitos diários.

Procure o Conselho Tutelar, Defensoria Pública ou clínicas jurídicas de universidades.

Utilize mediação familiar, psicoterapia infantil e, se preciso, peça nomeação de curador especial ao juiz.

Plano de parentalidade deve garantir acesso igualitário a informações acadêmicas e de saúde via email seguro, portal ou apps compartilhados.

Dependendo do juiz, visitas podem ser autorizadas se beneficiem o menor, por meio de ação de regulamentação de visitas.

OurFamilyWizard, TalkingParents e Custody X Change oferecem calendários, registros de despesas e mensagens seguras.